A Defesa Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Regional 4, que atende a região sul do Estado, recebeu informações na tarde de quinta-feira (27/6) sobre tremores de terra e estrondos na cidade de Pelotas.

Levantamentos imediatos foram realizados a respeito dos dados reportados, mas não foram identificados quaisquer danos.

Em contato com a professora Tamara Beskow, que faz parte do Corpo Científico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e apoia a Defesa Civil gaúcha, foi informado que às 20h40 UTC (17h30 em Pelotas), o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) registrou um terremoto de magnitude 2.5 na Escala Richter no município de Pelotas.

A diferença no horário de registro pela USP e o horário do fato em Pelotas se deve à diferença de aproximadamente 3 horas entre o tempo coordenado global (UTC) e o horário local.

Essa informação sobre o sismo está disponível no site USP Centro de Sismologia.

De acordo com o professor Felipe Padilha Leitzke, da UFPel, “a hipótese mais provável é que o tremor ocorreu por um movimento de acúmulo de energia no interior da crosta e liberação ao longo das falhas geológicas.”

Ele também explicou que esse é um processo natural e comum em magnitudes baixas no Brasil, que está localizado no interior de uma placa tectônica, ao contrário dos limites de placas onde os terremotos são de magnitude muito mais alta e destrutiva. Estima-se a ocorrência de centenas desses eventos de baixa magnitude ao redor do globo diariamente, inclusive em áreas estáveis (intraplaca).

Se você percebeu esse fenômeno, que pode ser chamado de tremor de terra, terremoto ou abalo sísmico, pode relatar suas percepções no site da Universidade de São Paulo, disponível no endereço USP Relatos de Sismos.

A Defesa Civil do Estado continuará trabalhando em conjunto com a UFPel para esclarecer as circunstâncias do fato.