Acessos a cinco presídios estão intransitáveis em Charqueadas
Sindicato da Polícia Penal cobra do Governo do Estado a manutenção de cerca de 5 km de vias
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“Não é à toa que o trabalho do servidor penitenciário é considerado um dos mais exaustivos e perigosos do mundo. Além de se preocupar com o tráfego, escoltas e emboscadas no transporte de presos, a categoria fica exposta às péssimas condições das ‘estradas vicinais’ que ligam cinco unidades prisionais do Complexo de Charqueadas,” afirma o Sindicato da Polícia Penal do Rio Grande do Sul (SINDPPEN).
Essas vias, de responsabilidade do governo estadual, enfrentam sérios problemas de manutenção e conservação. “Resultado da negligência do Poder Público, a falta de manutenção contribui diretamente para acidentes pessoais e materiais, já que muitas viaturas são danificadas por buracos nas estradas que chegam a medir dois metros de diâmetro por 50 cm de profundidade,” declara o sindicato. “O matagal no entorno das vias tira a visibilidade dos servidores que circulam pelo local, prejudicando a segurança nas escoltas.”
Dezenas de servidores do complexo relatam que já tiveram seus veículos danificados ao trafegarem para o trabalho devido às inúmeras crateras nas ruas. A situação se agrava ainda mais durante as chuvas.
O sindicato afirma que a 9ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR) solicita à prefeitura o patrolamento do trecho para facilitar a trafegabilidade. Ressalta também que, há 30 anos, foram prometidas obras de urbanização e asfaltamento, “mas o governo ignora o problema, pondo em risco a vida dos servidores, presos e seus familiares que circulam pelo local.”
Em novembro de 2023, durante a inauguração da Penitenciária Estadual de Charqueadas 2, o governador Eduardo Leite, acompanhado de uma comitiva, esteve no local. Para o evento, foram realizados serviços de terraplanagem, espalhamento de cascalho e brita, e o Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar a poeira. No entanto, meses após a inauguração e com as chuvas torrenciais, a população continua enfrentando dificuldades para transitar nessas vias.
“Servidores e usuários solicitam há décadas que sejam asfaltados ou calçados os cerca de cinco quilômetros de estradas dos estabelecimentos penais, mas não se tem alcançado resposta nem êxito,” finaliza o Sindicato da Polícia Penal.
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