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São Jerônimo, RS, 01/07/2024

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‘Healthspan’: saiba a diferença entre viver mais e viver melhor

Estimativa é de que o brasileiro viva apenas até os 65 anos sem doenças ou incapacidades significativas; estilo de vida ajuda a alcançar a longevidade com saúde

Agência Einstein / Reprodução
‘Healthspan’: saiba a diferença entre viver mais e viver melhor Estimativa é de que o brasileiro viva apenas até os 65 anos sem doenças ou incapacidades
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Gabriela Cupani
Agência Einstein

Nas últimas sete décadas, a expectativa de
vida mundial subiu de 47 para 73 anos
. No entanto, esse ganho não é
sinônimo de mais saúde: estamos vivendo mais, mas não necessariamente melhor.
Para se ter uma ideia, a expectativa de vida no Brasil é de aproximadamente 76
anos, segundo o
Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (
IBGE); mas estima-se que o
brasileiro viva apenas até os 65 sem doenças ou incapacidades significativas,
de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por isso, em vez de lifespan (termo em inglês para
expectativa de vida), especialistas vêm falando cada vez mais sobre healthspan,
conceito relativamente novo que está ganhando popularidade à medida que a
medicina e a sociedade colocam mais ênfase não apenas em prolongar a vida, mas
em melhorar a qualidade dos anos vividos, preservando funcionalidades e cognição.

Daí porque o período de 2021 a 2030 foi declarado a Década
do Envelhecimento Saudável pelas Nações Unidas
(ONU).

— Essa ideia está alinhada com uma abordagem mais global de
saúde, que busca promover um estilo de vida saudável desde a juventude até a
velhice. E isso depende de vários fatores, como acesso a cuidados de saúde,
incluindo alimentação, atividade física e prevenção e controle de doenças
crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade — explica o médico nutrólogo
Diogo Toledo, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Com a descoberta de microrganismos no século 19 e o
posterior desenvolvimento de antibióticos e vacinas, a ciência conseguiu
reduzir a mortalidade e estender a expectativa de vida. Mas a prática estava
focada no tratamento de doenças e cuidados com episódios agudos. Agora, a
medicina entrou em outro momento, mais voltado a predição e prevenção, em que
há muitos recursos e tecnologia que permitem alongar a vida com qualidade.

Segundo Toledo, a diferença entre lifespan e healthspan nos
índices brasileiros reflete os desafios que o país enfrenta em termos de saúde
pública e bem-estar em geral.

— Para melhorar o healthspan é preciso investir em prevenção
de doenças, promoção de um estilo de vida saudável e melhorar o sistema de
saúde — diz.

Por exemplo, atualmente, estima-se que um terço das crianças
seja portadora de obesidade e esse número deve aumentar para 50% em 2035.

— Isso é fator de risco para doenças cardiovasculares e
diabetes — lembra o especialista.

Além disso, sabe-se que o investimento em saúde, capaz de
levar melhor atendimento e tratamento à população, também acaba reduzindo
custos.

— Não se trata de combater o envelhecimento, mas de trazer
ganhos que permitam aproveitar melhor essa etapa da vida, o convívio com a
família, as atividades de lazer — explica Toledo. — E já vemos uma mudança
geracional, as pessoas querem que isso se estenda também para seus filhos e
netos.

COMO EXPANDIR O HEALTHSPAN

Segundo o médico Diogo Toledo, do Einstein, podemos
considerar como pilares do envelhecimento saudável:

Prevenção de doenças

Evitar enfermidades por meio de vacinação, triagens regulares e controle
dos fatores de risco para males crônicos — como diabetes, obesidade,
hipertensão e colesterol alto, que abrem caminho para problemas
cardiovasculares, além de doença renal, demência, entre muitas outras condições.

Estilo de vida
saudável


Manter hábitos de vida como alimentação saudável, prática de exercícios
físicos regulares, sono adequado e manejo do estresse.

Saúde mental

Cuidar de transtornos como depressão, ansiedade, além do isolamento social,
todos fatores de risco para diversas condições.

Ambientes saudáveis

Estimular ambientes que promovam a saúde, incluindo acesso a espaços
verdes, ar limpo e água potável.



















































Espiritualidade
Estudos mostram que pessoas com fé — independentemente da crença ou
vertente religiosa — reagem melhor a situações adversas, o que traz ganhos à
saúde mental.

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