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São Jerônimo, RS, 21/09/2024

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Em dez anos, 739 pessoas morreram em acidentes na BR-290

Movimento pela duplicação da rodovia promove audiência pública de mobilização, no final do mês

PRF / Divulgação
Em dez anos, 739 pessoas morreram em acidentes na BR-290 Em dez anos, 739 pessoas morreram em acidentes na BR-290
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Marcos Essvein

Em dez anos, 739 pessoas morreram em acidentes na BR-290, no Rio Grande do Sul, fazendo com que a rodovia seja a terceira em número de mortes no Estado. A BR-290 fica atrás apenas da BR-116, onde 893 pessoas perderam a vida, e da BR-386, responsável por 892 mortes entre 2011 e 2020. Os dados são do DetranRS e Polícia Rodoviária Federal.
Eduardo Silveira de Oliveira, especialista em Gestão de Trânsito, ressalta que estas estatísticas não levam em conta outros casos, como de invalidez e de pessoas que se recuperaram, provocando gastos no sistema de saúde pública.
- Os dados representam somente as mortes, mas sabemos que as consequências são muito maiores. Se tivesse o investimento na duplicação, boa parte dos custos pós-acidentes não existiriam ou, pelo menos, seriam muito menores. Defendo que haja investimentos pesados em mobilidade urbana, justamente com viés da sustentabilidade e minimização de despesas em outras áreas impactadas pela falta de investimentos necessários na mobilidade – afirma.
Para o deputado estadual Edivilson Brum, além das “famílias dilaceradas” pelas mortes de familiares, o problema impacta diretamente a rede assistencial.
- Estamos falando das questões pessoais e familiares, [mas] temos toda uma rede assistencial caríssima por trás disso tudo, socorristas, medicamentos, rede hospitalar, custos pós-hospitalares e assim por diante. Tudo é um ciclo onde as ações ou falta delas determinam os reflexos a curto e médio prazo – destaca Brum.
A médica Rosângela Dornelles, ex-secretária adjunta de Saúde do RS, também lembra os impactos que a falta de investimentos e os acidentes na rodovia provocam no sistema de saúde.
- Isto impacta, por exemplo, na saúde,  que além das mortes , deixa muitas pessoas com sequelas, além de fazer aumentar o tempo de espera nas cirurgias eletivas, pois a estrutura de saúde acaba sendo ocupada por cirurgias de urgência, principalmente de traumatologia e neurocirurgia. – afirma a Rosângela.
 Para Oliveira, isso faz com que em todas as áreas “estejamos sempre remediado e tratando o problema”, lembrando que são importantes os investimentos na rodovia, “planejando o futuro e não só pensando no hoje”.
- No caso da BR-290, já era para ter sido duplicada há 10 ou 15 anos. Basta acompanharmos a evolução da frota [para vermos que] o volume de capacidade da rodovia já transbordou. Em contrapartida disso, nos últimos 10 anos, temos carros mais seguros com tecnologia embarcada, se não fosse isso os índices mostrados acima seriam piores – finaliza.

Mobilização pela duplicação e contra pedágios



Lideranças das regiões Carbonífera, Costa Doce e outras áreas do Rio Grande do Sul por onde passam as BRs 116 e 290 promovem audiência pública de mobilização pela retomada das obras de duplicação e contra a instalação de novas praças de pedágio. O evento acontece no próximo dia 27 de fevereiro, às 19h, no auditório do campus da Ulbra Guaíba (Rua da Balança, 482).
O movimento é liderado pela Associação Brasileira de Usuários de Ruas, Estradas e Rodovias (ABUR), Associação das Câmaras de Vereadores da Região Carbonífera (Acverc), Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Asmurc) e Associação dos Municípios da Costa Doce (Acostadoce).
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Estudo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)  prevê a concessão das BRs 116 (Porto Alegre - Camaquã), 158 (Santa Maria - Panambi), 290 (Porto Alegre - São Sepé) e 392 (Santana da Boa Vista - Santa Maria) por 30 anos. A concessão abrange uma extensão total de 674,1 quilômetros dentro do Rio Grande do Sul, e a instalação de 13 novas praças de pedágio – três delas na BR-290 e outras três na BR-116. Os valores das tarifas projetados variam entre R$ 8,00 e RS 11,00, com exceção de Eldorado do Sul, onde a previsão é de cerca de R$ 3,00.

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