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São Jerônimo, RS, 24/11/2024

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Institutos Federais do RS podem perder R$ 20 milhões do orçamento para 2023

Projeção é de um corte de 12,6% em relação a verba prevista em 2022. Segundo reitores, instituições não terão verba para investimento no próximo ano

Samira Borba / Banco de Imagens
Institutos Federais do RS podem perder R$ 20 milhões do orçamento para 2023 Institutos Federais do RS podem perder R$ 20 milhões do orçamento para 2023
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A educação profissional gaúcha será fortemente impactada com a previsão de um corte de R$ 300 milhões no orçamento dos institutos federais de Ensino Superior em 2023.
Os institutos do Rio Grande do Sul podem perder R$ 20 milhões, se não houver modificações no que foi informado recentemente pelo Ministério da Educação (MEC) aos reitores. A projeção é que o orçamento para o próximo ano seja 12,6% menor do que a verba prevista em 2022, que ficou em R$ 163 milhões. Na previsão, o corte será de 8% no montante para custeio e investimento zero. A tesoura afetará ainda a assistência estudantil.
O Instituto Federal Sul-Rio-grandense (IFSul), que atende as regiões da Campanha e Carbonífera, também sofrerá com corte de 12,6% sobre os R$ 55 milhões aportados em 2022, o que representará R$ 6 milhões a menos no próximo ano.
Com cerca de 22 mil estudantes espalhados em 17 campi, distribuídos em 16 municípios, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) já tem o orçamento deste ano sendo afetado. Em junho, o corte foi de 10,5%, sobre os R$ 61,29 milhões previstos. Para 2023, a situação deve se complicar ainda mais, já que o valor disponibilizado pelo MEC deve ser de R$ 52,6 milhões, sendo R$ 42,2 milhões para custeio e R$ 10,3 milhões para assistência estudantil.
A pró-reitora de Administração e reitora em exercício do IFRS, Tatiana Weber, disse, em nota, que uma redução de mais de 8% para o custeio da instituição "certamente traz reflexos no funcionamento, principalmente se considerarmos a elevada inflação do último período, que impacta tanto no material de consumo quanto nos diversos contratos da instituição". Weber acrescenta que haverá impacto na manutenção dos campi para o próximo ano, porém, como o "Plano de Ação para 2023 ainda não foi finalizado, não é possível indicar exatamente quais serão os efeitos futuros".
Vice-presidente de Relações Parlamentares do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e reitora do Instituto Federal de Farroupilha (IFFar), Nidia Heringer, ressalta que em 2022 os cortes já estão prejudicando o custeio diário da instituição, considerando pagamento de despesas de manutenção, como fornecedores e energia elétrica, entre outros.
— É urgente construirmos um espaço de diálogo com os ministérios da Educação e da Economia para viabilizar a recomposição orçamentária do ano letivo em curso. Será impossível garantir o funcionamento da nossa instituição se for mantido esse corte arbitrário. E o que vem pela frente é inédito e inadmissível — lamenta.
Para 2022, o recurso orçamentário do IFFar ficou em R$ 47,8 milhões, uma diminuição de R$ 3,7 milhões, impactando 11 campi no Estado – Alegrete, Uruguaiana, São Borja, Jaguari, São Vicente do Sul, Júlio de Castilhos, Panambi, Frederico Westphalen, Santa Rosa, Santo Angelo e Santo Augusto –, além da reitoria, que fica em Santa Maria. A instituição tem aproximadamente 13 mil estudantes, sendo que metade estão em cursos técnicos.

As informações são da GaúchaZH

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