Seja bem-vindo
São Jerônimo, RS, 28/11/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Caso Ronei Jr.: terceiro dia de júri inicia com teses da acusação

'Vinicius deu a ordem, Leonardo deu a voadora no pai e o Peterson quebra a cabeça na cabeça e mata a vítima', afirma promotor

Juliano Verardi / DICOM / TJRS
Caso Ronei Jr.: terceiro dia de júri inicia com teses da acusação Promotor Eugênio Paes Amorim
Publicidade

O Juiz de Direito Jonathan Cassou dos Santos reabriu a sessão do júri às 8h15 da manhã desta sexta-feira (24/6), o terceiro dia do júri que leva à julgamento três dos dez acusados pela morte do rapaz Ronei Faleiro Jr., na saída de uma festa, no dia 1/08/2015, no clube Tiradentes, em Charqueadas. Familiares do rapaz estiveram presentes no salão do Júri do Foro, inclusive o pai da vítima, Ronei Faleiro.
A Promotora de Justiça Anahi Gracia de Barreto, da Comarca de Charqueadas, abriu a fala dos quatro representantes do Ministério Público. Ela começou saudando os presentes. Na sequência, o Promotor de Justiça João Cláudio Pizatto Sidou, titular da Comarca de Alvorada, deu início à apresentação da tese da acusação. A fala dele teve início destacando a fragmentação do caso: "É uma ação complexa, que se desenrola em vários pontos. É uma horda de animais enfurecidos, enxame de abelhas, termos já usados aqui, e temos dificuldade de compreender o fato".
Ele passou o vídeo da noite do fato, capturado por uma câmera de segurança de um estabelecimento. O Promotor desenhou em um papel, a rua, os estabelecimentos e as pessoas que faziam a composição do cenário onde houve o fato. Assim, o representante do MP tentou demonstrar aos jurados como tudo ocorreu, a dinâmica e a relevância de cada um dos réus no ato.
"Além do homicídio, temos tentativas contra os outros três, associação criminosa, corrupção de menores. Tudo foi premeditado e temos provas nas fases policial e judicial. Primeiro, o Richard disse que foi avisado na festa de que iriam agredi-lo. Romano, um dos organizadores da festa, em depoimento exibido em vídeo, afirmou que ouviu Vinicius (um dos réus) falar para o segurança que só queriam pegar o Richard".
O Promotor citou as testemunhas que reconheceram os agressores e contaram que não puderam ajudar as vítimas porque era difícil chegar até o carro. Ele também exibiu vídeos de depoimentos de pessoas que estavam no local do crime para embasar a tese de que os acusados estavam esperando o grupo sair. Para o Promotor quem deu a ordem de ataque foi o réu Vinicius.
"O Jhonata dá o primeiro soco no Richard, erra e cai. Daí, vem a avalanche, os animais enfurecidos, e passam a agredir de forma constante, violenta e incessante. Tivemos a preparação, a ordem de ataque, o momento de neutralização do único oponente possível e a agressão", destacou o Promotor de Justiça.
O Promotor Eugênio Paes Amorim, que atua na Comarca de Porto Alegre, seguiu a explanação no tempo destinado à acusação.
"Vinicius deu a ordem, Leonardo deu a voadora no pai e o Peterson quebra a garrafa na cabeça e mata a vítima."
Em um trecho da sua fala o Promotor Eugênio Amorim disse que "Ronei filho deixou o Richard entrar primeiro no carro, bondoso igual ao pai, e ficou por último. Por isso, ele foi morto".
Após, o representante do MP abordou a questão sustentada pela defesa de que Ronei Jr. tinha doença pré-existente que agravaria o sangramento.
"Certidão de óbito não fala em histórico de doença. O laudo oficial de necropsia afirma que ele morreu de hemorragia intracraniana. O traumatismo teria sido a única razão para a hemorragia. Sobre doença já existente não teria comprovação, nem diagnóstico. O laudo pericial foi feito com todo histórico médico dele do hospital e não mostrou isso", frisou o Promotor.
Ele ainda falou sobre laudo apresentado pela defesa do réu Peterson, de um perito particular, para contestar o laudo oficial. Segundo ele, "o laudo do perito contratado pela defesa não mostra exames de que Ronei tinha alguma doença já existente e que teria agravado a condição de saúde dele. Se não houvesse as garrafadas, Ronei seguiria vivendo".
Sobre as qualificadoras, o Promotor abordou a do meio cruel e pediu que os pais se retirassem para mostrar a foto do rosto do rapaz com os cortes aos jurados. Ele também comentou sobre o recurso que dificultou defesa da vítima e o motivo fútil, por Richard ser de outra cidade, além da associação criminosa, como o grupo era conhecido por "gangue Aba Reta" e a corrupção dos menores de idade.
A seguir, as Defesas dos réus têm 50 minutos cada uma para falar.

Entre no grupo do Portal de Notícias no Telegram e receba notícias da região

Publicidade

Publicidade



COMENTÁRIOS

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.