Assista ao documentário que conta a história do Arsenal de Guerra General Câmara, com relatos de antigos integrantes, de ex-funcionários e em mídias históricas.

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HISTÓRICO*

Em 6 de setembro de 1773, o então governador do Continente de São Pedro do Rio Grande do Sul, José Marcelino de Figueiredo, mudou a capital de Viamão para o Porto de São Francisco dos Casais (hoje, Porto Alegre) e uma de suas primeiras preocupações foi instalar condignamente as forças permanentes de que dispunha.
Em 1774, surgiram os "Armazéns Reais", núcleo inicial do futuro Arsenal de Guerra do Rio Grande do Sul. Esses "Armazéns Reais" eram constituídos por um conjunto de edifícios, onde eram guardados os materiais destinados à provisão da tropa e mantinham pequenas oficinas destinadas ao reparo do armamento, do equipamento e de embarcações. Naquele tempo, o Arsenal tinha por fim atender a tropa, não só em armamento e munição, mas também em transporte, fardamento, subsistência, iluminação, remonta, etc.
A construção do primeiro edifício foi iniciada em 1828, na então Rua da Praia (hoje Rua dos Andradas), onde abrigavam-se a residência do Inspetor de Trem, do Ajudante, armazéns do Almoxarifado, depósito de Material Bélico, Artilharia e Armas Portáteis e a companhia de Artífices Militares e Menores Aprendizes.
Em agosto de 1832 o estabelecimento passou a ser denominado Arsenal de Guerra do Rio Grande do Sul e o Inspetor de Trem, passou a ser o Diretor do Arsenal.
Em 1867 concluiu-se a construção de um segundo prédio, defronte ao primeiro, melhorando consideravelmente os serviços do Arsenal de Guerra, com instalações mais amplas.
O valor dos préstimos do Arsenal pode ser comprovado pelas palavras do Marechal Duque de Caxias, ao término da Guerra do Paraguai: "O Arsenal de Guerra do Rio Grande do Sul, pelo auxílio que prestou às nossas Forças Armadas, foi um dos fatores da vitória".
Em 1901, com o esforço combinado das oficinas de Ferreiros e de Máquinas, com ferramentas projetadas no próprio Arsenal começaram a ser fabricados os primeiros sabres Mauser no Rio Grande do Sul, e talvez no Brasil.
Em fins de 1912, houve aumento considerável de efetivo e aquisição de máquinas novas, de modo que o Arsenal conseguiu cumprir todas as missões recebidas em decorrência da 1ª Grande Guerra.
Em 1935, o Arsenal de Guerra mudou-se para a Margem do Taquari, passando a denominar-se Arsenal de Guerra da Margem do Taquari. Por decreto nº 6097, de 15 de Agosto de 1940, BE nº 34, de 24 Agosto de 1940, DOU, de 19 de Agosto de 1940, foi instituído patrono do estabelecimento o Marechal José Antônio Corrêa da Câmara, passando a denominar-se Arsenal de Guerra General Câmara, e o seu natalício, 17 de fevereiro, passou a figurar como o de fundação do Arsenal.
A fabricação e recuperação de material bélico se fez tradição, especialmente por ocasião da 2ª Guerra Mundial.
Durante o período de 1940 a 1974 e no período de 1998 a 2001 esteve em funcionamento uma Escola de Formação Profissional, que buscou entregar à comunidade profissionais treinados e qualificados em atividades da área fabril.
Atualmente o AGGC, Organização Militar diretamente subordinado a Diretoria de Fabricação (DF ) tem como missão contribuir com a operacionalidade do Exército Brasileiro, prestando serviços de recuperação e fabricação dos mais diversos tipos de materiais de emprego militar, além de realizar trabalhos de modernização, transformação e adaptação desses materiais. Com o objetivo de acompanhar o progresso tecnológico, o Arsenal tem investido na capacitação de seu efetivo por meio de cursos, estágios e visitas técnicas em diversas organizações militares e civis.

*Fonte: Exército Brasileiro, Departamento de Ciência e Tecnologia, Diretoria de Fabricação

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