Atualizado às 14h33

No início da tarde desta terça-feira (7/01), um homem suspeito de assediar sexualmente uma menor de 17 anos reagiu à abordagem e foi morto por policiais militares, no Parque Adhemar de Faria (parcão), em Charqueadas.
Segundo a Brigada Militar, a adolescente e o pai estavam no Parcão quando o suspeito, um homem de 61 anos, teria oferecido R$ 50 para manter relações sexuais com a menor. Em determinado momento, antes da chegada os policiais, o suspeito pegou uma faca, colocou na cintura e passou em frente aos dois como forma de intimidação.
Quando dois policiais militares chegaram ao local e abordaram o suspeito, ele sacou a faca e ameaçou um dos brigadianos. Para conter as investidas, o policial efetuou sete disparos com uma arma calibre 12 com munição antimotim (não letal) contra o suspeito. Como ele continuou com as ameaças, o segundo policial deu um disparo de pistola calibre .40 no chão como advertência e, após o homem persistir resistindo, deu mais um tiro em uma das pernas do suspeito. Ele acabou morrendo porque o disparo atingiu a artéria femural. O suspeito chegou a ser socorrido com vida mas não resistiu ao ferimento e morreu no hospital local.
O Comando da BM de Charqueadas entende que os soldados agiram em legítima defesa, mas instaurou um IPM para apurar se a abordagem foi correta. Os dois tiveram as armas apreendidas e foram afastados do policiamento nas ruas.
Segundo o delegado de Polícia de Charqueadas, Marco Schalmes, trata-se de um caso de importunação ofensiva ao pudor, que é diferente do assédio sexual porque não envolve uma relação de subordinação entre a vítima e o acusado (como chefe e empregado, por exemplo).
Na Delegacia de Polícia Civil, a ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio contra os policiais militares. Além disso, é aguardado um laudo de exame toxicológico que vai apontar se o suspeito agiu sob efeito de alguma droga.
- Estamos investigando se o indivíduo possuía algum problema psicológico ou se estava sob efeito de alguma substância, dependemos do exame toxicológico – disse o delegado.
Um vídeo com a ação policial foi divulgado em grupos de WhatsApp: