João Adolfo Guerreiro
JOÃO GUERREIRO | Mas bah, que C A L O R Ã O, tchê!
Só os praianos pra curtirem esse clima
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João Adolfo Guerreiro
Quando o frio não foi muito forte ano passado, eu escrevi aqui: vocês, gaúchos insólitos que reclamam do inverno, aguardem o verão... Não deu outra, conforme os meteorologistas já alertavam. D E T E S T O esse calor extremo de verão, com temperaturas históricas recordes (40º em Forno Alegre e 43º em Quaraí), mas bah. Por isso prefiro o inverno, mas sei que ainda tem, mesmo torrando e fervendo, quem prefira o verão! Principalmente os que estão na praia, onde as temperaturas são mais amenas (foto acima) e o vento sopra do mar. Só eles mesmo pra curtirem esse clima.
Do frio dá pra se esconder; do calor, não. Nem precisa de tecnologia eletrônica pra enfrentar o frio: com abrigo, bebidas quentes, fogão a lenha, roupas, calçados e cobertas "analógicas", conseguimos. Os que morrem de frio é devido a sociedade egoísta e as desigualdades sócio econômicas, que extingue o calor humano. Já do calor extremo, sem ar condicionado... E calor lembra pouca chuva e falta de água, que é tudo de mais ruim que pode acontecer, pois bichos e plantas não sobrevivem sem água e vivem muito mal na sua carestia. A agricultura sofre, há escassez na produção de alimentos e os preços sobem nos supermercados. Tudo de ruim!
Minha técnica: ventilador, água fresca, banhos seguidos e sombra debaixo de uma árvore em terreno de chão batido, tudo junto. Pras crianças, piscininha de plástico à sombra e ventilador. Funcionou, nas duas ondas de calorão, creio que pelo menos me mantive abaixo dos 35º ou menos, com sensação térmica menor ainda. Claro, não moro em Quaraí ou em Forno Alegre, esta última uma verdadeira metrópole dos micro-ondas, ou seja, esses apartamentos em edifícios. Imagino só o calor nessas construções de alvenaria sem ventilação... Deus me livre! Li no jornal de hoje que a sensação térmica em alguns lugares na Capital, ontem, chegou a 55º e 60º. Imagina?!
Mas mesmo aqui em Charqueadas, quando se tem de sair pra rua por algum motivo, o sol que bate na pele a faz ferver. Isso, pra mim, é inédito. Não sei se é porque eu era mais novo e mais resistente ou se porque agora ele está mais forte mesmo, mas que ferve o couro, ah, isso ferve. Todavia, me defendi e, enquanto via o Grêmio meter 5 no Pelotas ontem, pela TV, a abençoada chuva chegou a refrescou a casa. Agora de manhã choveu forte e, nesta tarde, está menos de 30º. Ave!
Só que, daí, 16 horas, faltou água. A água andou faltando durante os calorões, não tragicamente como foi semanas atrás, mas faltou em diversos pontos da cidade. Isso é de propósito, pra gente acostumar com o ruim e não estranhar o muito pior, quando vier? Não sei, mas parece. Ah, acabou de vir a água. Menomale.
E era isso. Vocês, que gostam do verão, que vivam pra sempre lá no Saara. De minha parte, aceito um retiro pra Sibéria.
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