João Adolfo Guerreiro
JOÃO ADOLFO GUERREIRO | Domingo na Arena
Amanhã é segunda, beijo na bunda
João Adolfo Guerreiro
O Gauchão é o campeonato mais difícil do mundo. Nada como um domingo de futebol na Arena numa disputa pelo Gauchão. Grêmio x Caxias, clássico dos clássicos de nosso certame. Caxias sempre foi a touca do Grêmio, assim como o Juventude a do Inter. Tanto é fato que o Ju foi campeão em cima do Inter em 1998 e o Caxias do Grêmio (com Ronaldinho) em 2000.
Só que neste findi que passou os gringos da Serra tiveram de tomar suco de cajú. Venceram sua partidas em casa durante a semana, mas perderam de 2x0 e 4x0 na Capital. O placar mais elástico foi na Arena e eu estava lá pra ver, claro. Primeiro, chegar no Consulado e tomar uma Amstel pra se concentrar, rever os caras depois de um mês e meio na seca. E aí todo mundo pra Porto Alegre de micro de 28 lugares. Mais uma breja e uma mineral com gás, pra hidratar. O médico sentenciou: para de beber, mas se o fizer, toma um porre num final de semana, sendo proibido tomar um pouco todo dia. Sigo à risca o conselho médico, embora três latões num dia de Arena esteja há uns 4x0 de um porre.
Chegamos, uma passada no barzinho para WC e mais uma breja, a última, e pronto: já 100% focado para a partida. Entrada na Arena, revista e vamos pra Grêmio Mania ver as promoções. Deram uma modificada na loja, ficou melhor. Cara, tem um livro bilíngue sobre o Kannemann! Bah, é muita tentação... Vamos pra arquibancada. Uma coisa ótima de jogo do Gauchão é que só torcedor raiz vai, dá umas vinte mil pessoas (foto abaixo) e o estádio fica confortabilíssimo (só curtia muntuera de gente quando era jovem e ia no Olímpico). Num dia de casa cheia, é muito lindo de se olhar pela TV, mas é uma bosta de estar lá com aquele monte de gente, acreditem. Tudo fica difícil, até ir no WC é uma epopeia. Hoje não, tudo fácil, tudo funciona e os suvacos suados ficam distantes. Ô maravilha, A D O R O jogo de Gauchão!
Antes do início, show de luzes do estádio (foto abaixo), coisa linda. No primeiro tempo o Caxias fez frente, tava bom o jogo. No segundo, o dinamarquês fez um gol logo de saída e o vinho desandou a polenta. Bom esse dinamarquês de nome complicado de escrever e difícil de pronunciar. Craque de seleção, mesmo, sabe muito. O Grêmio tá precisando de caras como ele, já que mandou o Soteldo e o Diego Costa embora. Esses três, mais o Suárez, fazem a gente perceber a diferença em campo do craque pro cara bom: execução, tomada de decisão, tudo é melhor nos craques. Guerra, mais uns craques aí.
Buenas, o Tricolor tomou conta do jogo. Bem no finalzinho, o Edenílson ainda fez o quarto gol (foto acima) numa jogadaça. Ah, esse é craque, desde os tempos do Inter que eu admiro o futebol desse cara. Jogador de seleção. No meu Grêmio seria titular indiscutível.
Alma, a castelhana, lavada, vamos pra casa. Meia-noite e já estamos em Charqueadas. Penso ao chegar: amanhã é segunda, um beijo na bunda. Até o próximo.
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