Gosto de oferecer café para os amigos, atraindo-os para um lugar tri pra uma boa conversa

João Adolfo Guerreiro

Hoje pela manhã uma cara me encontrou no supermercado e pediu uma força. Como podia, o fiz. Ele então retribuiu levando minhas compras na sua bicicleta, eis que eu estava na pernada e com o braço machucado. Fomos conversando pelo caminho, o que deu a força e o que fazia força. No mesmo dia uma amiga se ofereceu para comprar pra mim um lançamento na Feira do Livro, O Passarinho do Contra, de Gustavo Grandinetti, que é a primeira biografia que sai sobre o Mário Quintana, eis que eu não posso estar lá. Noutro dia fiz exatamente o mesmo para outro amigo, só que daí foi Memórias do esquecimento, do Flávio Tavares.

Pequenas coisas que tornam a vida legal, né? Somos passageiros do planeta, compartilhando momentos e gentilezas. Compartilhar. Compartilhar o pão e o café, principalmente o café. Gosto de oferecer café para os amigos, atraindo-os para um lugar tri pra uma boa conversa. Curtir e comentar. Parece Facebook: curtir, comentar e compartilhar. Rede social analógica, real. Uma cafeteria, assim, é uma tremenda rede social. Curtimos as pessoas, comentamos coisas agradáveis olho no olho, sorriso à sorriso e compartilhamos o momento. "Quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo" - como cantou Roberto Carlos.

O melhor é uma boa cafeteria que, além do café, tenha livros. Em Torres, Porto Alegre e São Jerônimo tem algumas dessas. Aqui em Charqueadas também. A foto acima e a primeira abaixo o comprovam. Sabem onde é, por elas? É bem no Centro. O café lá é E X C E L E N T E. Convidem os camaradas pra passar por uma cafeteria e compartilhem o café e o momento. Compartilhar é viver. Vou convidar a amiga da biografia do Quintana pra ir.

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