João Adolfo Guerreiro
JOÃO GUERREIRO | Setenta anos de Feira do Livro de Porto Alegre
Encontrei por lá a charqueadense Maria Inês Borne, a "Rainha da Feira"
João Adolfo Guerreiro
Setenta anos de Feira do Livro de Porto Alegre. Uau syl, isso é algo muito expressivo.
Estive sábado, no segundo dia de Feira, e encontrei por lá a charqueadense Maria Inês Borne, a "Rainha da Feira do Livro". Assim passamos a chama-la aqui em Charqueadas depois que, ano passado, o jornal Zero Hora a intitulou como "a maior compradora da Feira do Livro" (Com carrinho para levar as obras, professora é conhecida como "a maior compradora da Feira do Livro"), conforme indicaram os próprios livreiros. Acreditam que não tirei uma foto junto? Mas que baita ratiada minha! Abaixo, ela numa foto do X Sarau.
Por falar nele, li na sexta-feira o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro dizer que o orçamento de 2024 da Feira é de 3,5 milhões de reais. Imagina? A gente teve, mesmo com as devidas proporções, 5 mil pila pra realizar o X Sarau! E ele ainda chorou os jacarandás, dizendo que falta captar 227 mil e que os empresários locais não apoiam o evento. Mas tudo ok, o importante é que a "rainha" da Feira é de Charqueadas e pronto, reconhecida pelo próprio pessoal de Porto Alegre. Aliás, Inês é uma das criadoras do Clube do Livro de Charqueadas e ativa na organização do Sarau Literário de Charqueadas. Uma liderança literária, ela.
Passei na banca 3, da Editora Coragem, do também charqueadense Thomás Vieira, que esteve no X Sarau. Comprei lá Gauchismo Líquido, de Clarissa Ferreira, que ainda não li, claro, mas estou ansioso para conferir suas reflexões a partir das teorias de Zygmunt Bauman, o famoso sociólogo polonês, aplicadas à cultura do Rio Grande do Sul. Voltarei lá outro dia, onde espero encontrar pelo evento o editor Rossyr Berny, que, embora sua editora, a Alcance, não esteja com banca, lançará muitos títulos ao longo da programação. Sua participação aqui no X Sarau foi única e inesquecível, é muito boa gente, além de ser um dos ícones das letras gaúchas.
Por indicação da" "rainha" Inês, comprei uma caneca cor de laranja que marcava os 70 anos da Feira, inclusive estou tomando um café nela agora. Dentre outros livros, como os do Juremir Machado da Silva, comprei na barraca dos lançamentos o ótimo Almanaque da Feira do Livro 2024: 70 anos, de Rafael Guimarães. Superhipermegaultra recomendo esse livro, obrigatório para quem curte ir à Feira. Tem muita informação interessantíssima ano à ano, desde a primeira edição. Ainda passei na LP&M e adquiri, à pedido, Memórias do esquecimento, de Flavio Tavares, para um amigo.
E foi isso. Apareçam por lá. Eu voltarei, com certeza!
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